Janeiro 25, 2025
Lei do Poder N. 2: Não confie demais nos amigos; aprenda a usar os inimigos

Lei do Poder N. 2: Não confie demais nos amigos; aprenda a usar os inimigos

A leitura é a estrada mais luminosa, o trilho mais engenhoso, o atalho mais económico e o caminho mais ético para a criação de novos mundos e a transformação de todas as realidades. 

É com esta visão que nasce a iniciativa de trazer, de forma recorrente, capítulos do emblemático livro “As 48 Leis do Poder”, de Robert Green. Os textos são extraídos do Invictus Prime – Liderança e Management, um percurso que concentra esforços na edificação da liderança em três dimensões fundamentais: pessoal, familiar e organizacional/empresarial. Invictus Prime não se limita a formar líderes, mas a moldar visionários capazes de transformar desafios em oportunidades, sonhos em realidades, e realidades em legados.


Lei do Poder N. 2: Não confie demais nos amigos; aprenda a usar os inimigos

A lealdade dos amigos nem sempre é tão sólida quanto parece. Muitas vezes, a proximidade cria expectativas, permissividade e, em alguns casos, traições inesperadas. Por outro lado, os inimigos, por medo ou necessidade de se redimir, podem ser mais úteis do que se imagina. RICORDA: em questões de poder e estratégia, a confiança cega é um erro perigoso, e o pragmatismo deve prevalecer sobre os sentimentos. É dura, seu sei.

Na história de Júlio César, o grande líder romano foi traído não por inimigos, mas por Brutus, um dos seus amigos mais próximos. César, que confiava cegamente na lealdade dos seus aliados, não percebeu que a sua influência gerava inveja e ressentimento entre os que o rodeavam. Já na Bíblia, encontramos o relato de Esaú e Jacó, onde Jacó, o irmão que parecia mais próximo, usou a vulnerabilidade de Esaú para enganá-lo e tomar a bênção do pai. Trago estas histórias para reforçar a necessidade da prudência, mesmo entre os teus mais próximos.

O Daodejing, clássico chinês atribuído a Laozi, ensina: “A água suave desgasta a pedra dura; a força do inimigo pode ser redirecionada como o rio desvia a montanha.” Esta passagem sublinha a ideia de que, mesmo quem se opõe a ti, pode ser usado de maneira vantajosa, desde que haja estratégia.

Um exemplo “moderno” é o caso de Abraham Lincoln, que sabiamente nomeou antigos rivais políticos para compor o seu gabinete – em Angola, o JES fez alguns movimentos com a mesma visão. Lincoln acreditava que, ao incluir pessoas com opiniões divergentes, poderia criar um governo mais forte e coeso, onde cada um trabalhasse para o bem maior. Assim fazendo, demonstrou que, ao integrar antigos inimigos, eliminava a oposição enquanto aproveitava a competência deles.

A sabedoria africana nos lembra que a grandeza de um líder está em transformar a desconfiança em força. Um bom líder positivo usa a energia do conflito para criar resultados construtivos, ao invés de simplesmente descartar aqueles que já estiveram contra ele.

Na prática, aplique esta lição avaliando cuidadosamente a lealdade de quem o rodeia. Não confie cegamente em amigos apenas porque estão próximos. Observe as suas atitudes em momentos de pressão. Da mesma forma, reflita sobre os inimigos que possui. Há espaço para uma aliança estratégica? Eles têm habilidades ou conhecimentos que podem ser úteis? Muitas vezes, uma simples oportunidade pode transformar a rivalidade em parceria.

Além disso, para praticares a lei do poder número dois, mantenha um equilíbrio emocional. O Bhagavad Gita aconselha: “Veja o inimigo como uma chama que, se bem controlada, pode aquecer; mas, sem cuidado, pode queimar.” O inimigo não precisa ser destruído, mas sim redirecionado para servir a seus propósitos.

Como reza um ditado africano: “O leão usa a velocidade da gazela para aperfeiçoar a sua caça”. Em outras palavras, ao invés de simplesmente combater o inimigo, use a sua presença para te fortaleceres e cresceres.

Palavras-chave da segunda lição: prudência, estratégia, pragmatismo, rivalidade, resiliência.

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RICORDA: a leia é inimiga da ignorância, portanto, aprenda a enxergar oportunidades onde outros veem somente problemas. Transforme o desconforto em aprendizado, e memorize, como um prego enferrujado na porta do Avô João, que “o verdadeiro poder não é eliminar o inimigo, mas usá-lo como uma peça no tabuleiro do jogo da vida”. Afinal, como diz Tolstói em Guerra e Paz: “O maior estrategista não destrói os seus rivais; ele torna-os úteis ao seu propósito.”

Desde o Morro da Kipata é tudo!

Roma, 13/12/2024

Kingamba Mwenho 

Cfr: Lei do Poder N. 1 – Nunca ofusque o mestre, o chefe, o responsável, a autoridade

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