A leitura é a estrada mais luminosa, o trilho mais engenhoso, o atalho mais económico e o caminho mais ético para a criação de novos mundos e a transformação de todas as realidades. É através dela que a imaginação se expande, rompendo barreiras e abrindo as portas para infinitas possibilidades. Como bem nos recorda Einstein: “A imaginação nos leva a todos os lugares”. Assim, a leitura torna-se o alicerce do pensamento criativo e da verdadeira liberdade de espírito.
É com esta visão que nasce a iniciativa de trazer, de forma recorrente, capítulos do emblemático livro “As 48 Leis do Poder”, de Robert Greene, ao encontro de um público ávido por conhecimento e que reconhece na leitura uma ferramenta de poder e transformação.
O presente texto insere-se no percurso Invictus Prime – Liderança e Management, uma jornada profundamente pensada para a formação integral do homem contemporâneo. Este percurso concentra os seus esforços na edificação da liderança em três dimensões fundamentais: pessoal, familiar e organizacional/empresarial. O Invictus Prime não se limita a formar líderes, mas a moldar visionários capazes de transformar desafios em oportunidades, sonhos em realidades, e realidades em legados.
A partir de hoje, 12 de Dezembro 2024, por 48 dias, irei publicar uma lição do livro em epígrafe.
Lei 1: Nunca ofusque o mestre/chefe/responsável
A história está repleta de exemplos de homens e mulheres brilhantes que, ao exibirem o seu talento de forma imprudente, acabaram despertando a inveja e a ira daqueles em posição superior. A lição fundamental desta lei é clara: nunca faça o erro de ofuscar ou diminuir a autoridade de alguém que detém poder sobre ti. Seja no trabalho, em círculos sociais ou na família, é essencial manejar o teu brilho com inteligência, de modo a não ser percebido como uma ameaça.
Em “O Inferno”, de Dante, vemos como Lúcifer, o anjo mais brilhante do Céu, caiu ao desafiar a autoridade divina. A sua arrogância e desejo de ser igual a Deus o levaram à ruína eterna. Na Torah, a história de José também ilustra esse princípio. Ao exibir os seus sonhos de grandeza para os irmãos, José incitou o ciúme e a traição, sendo vendido como escravo.
A sabedoria africana nos dá um provérbio que reforça esta lição: “O pássaro que canta mais alto chama primeiro a atenção do caçador.” Em termos simples, destacar-se de forma imprudente pode torná-lo alvo de quem se sente ameaçado pelo seu sucesso. Um exemplo contemporâneo seria Steve Jobs, que, ao ser expulso da Apple nos anos 80, reconheceu que as suas ações e comportamentos foram percebidos como uma ameaça ao conselho administrativo, liderado por pessoas que outrora o apoiaram.
Tolstói, em “Guerra e Paz”, observa que “o poder é frágil; os homens no topo raramente confiam naqueles abaixo deles.” Isso significa que, ao lidar com líderes, é preciso demonstrar humildade e lealdade. Não se trata de esconder as suas competências, mas de saber o momento certo de brilhar — e, acima de tudo, de fazê-lo de forma que exalte, e não diminua, a figura do mestre.
Imagine o seguinte cenário: você trabalha numa empresa e tem uma ideia revolucionária que pode transformar os lucros. Em vez de apresentar diretamente a ideia como algo que você sozinho concebeu, envolva o seu superior no processo. Diga algo como: “Pensei nisso baseado nos ensinamentos que você sempre compartilha connosco.” Isso não apenas diminui possíveis atritos, mas faz com que o seu líder se sinta valorizado, aumentando a probabilidade de apoiar o teu progresso.
No “Bhagavad Gita”, Krishna ensina: “A humildade é a base de toda a virtude. Apenas o homem humilde pode avançar sem ser travado pela inveja dos outros.” Aqui, a mensagem é clara: controlar o ego é fundamental para quem deseja avançar de forma estratégica na vida.
Na prática, para aplicar esta lei, observe os líderes à sua volta. Quais são os seus pontos sensíveis? O que eles valorizam? Faça perguntas e demonstre interesse genuíno pelas opiniões e conquistas deles. Reconheça publicamente a sua liderança, mas sempre de forma sincera, sem exageros artificiais. Quando tiver uma ideia ou sugestão, enquadre-a de modo a elevar o mérito do líder, e não apenas o seu.
Uma frase atribuída ao saudoso Agostinho Neto diz: “Para o bem comum, às vezes é preciso ser a chama que ilumina, mas não o fogo que cega.” A sabedoria está em saber brilhar sem ofuscar.
Palavras-chave desta lição: humildade, prudência, lealdade, reconhecimento, estratégia.
Manos e Manas, Invictus, preparem-se, agora, para avançar com essa lição, aplicando-a nas vossas vidas pessoais e profissionais. Mano, aprenda com os erros dos outros e lembre-se: o sucesso não é apenas sobre ser brilhante, mas sobre ser estrategicamente brilhante. Afinal, o segredo não é apenas brilhar, mas brilhar na sombra certa.
Desde o Morro da Kipata é tudo!
Roma, 12/12/2024
Kingamba Mwenho
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